O Jornalismo surgiu tendo como base o direito que todo cidadão tem de ter informações qualificadas e imparciais. Esta é a grande angustia do editor, ao mesmo tempo em que deve usar a profissão para expandir a consciência humana, depara-se com a estimulante “tarefa de organizar o discurso jornalístico; balizar pelas razões do interesse público o relato dessa atualidade animada pelos interesses particulares, nos quais se incluem os próprios interesses do jornal enquanto negócio e pólo de poder”, como já disse Manuel Carlos Chaparro.
A tarefa de produzir uma edição não é apenas juntar palavras ou veicular interesse individual. É dever do jornalista em qualquer tempo e lugar ser uma ponte para o novo dentro de uma sociedade. Ser o canal que informa, com dignidade, todos os lados da verdade que engloba um fato.
É evidente que em um contexto pequeno, como cidades interioranas, há a sensação de o jornal ser de alguém. Um dono que determina o que é ou o que não é, ou então, uma classe política que oferece uma linha editorial pré-determinada.
A busca para o Jornalismo limpo que tem como meta o coletivo sempre existirá. A busca de todos os lados de um fato que é de interesse público, sempre existirá. A busca para autonomia na linha editorial de um veículo de comunicação, sempre existirá. Mesmo que haja vento que tente levar esta ideia para outra direção. Mesmo que tenham pessoas querendo colocar muros, sempre iremos construir pontes.
Editoral Jornal Ideias, edição 13, 19 de agosto de 2010, por Rita Alves
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